Friday, March 30, 2007

Leave me alone




("It stirs my bile,/ When they stare at me so,/ I would like to creep into a shell/ And could die of rage.", Elisabeth da Áustria, 1887).
Maria Antonieta está na moda! Graças ao filme da Sofia Coppola. Quem já foi menina, curtiu os dezoito anos ou gosta muito de moda ou de rock com certeza vai sair feliz do cinema. Na maravilhosa trilha sonora, rola "Ceremony", música do New Order, durante a cena da festa de aniversário da protagonista. A última rainha da França foi uma espécie de Paris Hilton da época. Mas, embora também fútil e perdulária, Antonieta era mais comportada do que a patricinha americana. E mais disciplinada do que outra moça de sangue azul, também tema de filme: Elisabeth Amalie Eugenie, a Sissi, imperatriz da Áustria e Hungria, que nasceu em 1837 e morreu em 1898. Enquanto Maria Antonieta vive postumamente seus quinze minutos de fama....Sissi, o mito, ainda colhe os frutos da imagem de menina generosa moldada por Romy Schneider, atriz alemã que a interpretou três vezes no cinema durante a década de 50. Se Sofia Coppola tentou corrigir alguns equívocos em torno da sua personagem (como a famosa frase sobre os pães e brioches, que nunca foi pronunciada pela monarca), os filmes de Sissi são um engodo só. Sissi foi tão boa esposa, mãe e rainha quanto a viva Courtney Love foi boa esposa, mãe e cantora. Elisabeth era egoísta. Casou contrariada, engravidou quatro vezes e só foi mãe atenciosa para a filha caçula. A mais velha morreu aos dois anos de idade. Insinua-se que ficou doente devido à falta de cuidado materno. Sissi odiava a corte austríaca e se recusava a cumprir suas obrigações protocolares como imperatriz. Não comparecia às solenidades, deixando o marido Franz Joseph na mão. Mal aparecia em público (o povo gostava, sim, do imperador, não dela). Reclamava e tirava sarro da aristocracia vienense através dos poemas que gostava de escrever (em um deles, fala de damas fofoqueiras, feias como bruxas, exageradas como pavões). Queixava-se da falta de liberdade, embora tenha virado as costas para a família e viajado grande parte do mundo graças aos impostos recolhidos por austríacos e húngaros (chegou a passar dois anos sem ver o esposo, que era maluco por ela). Durante seus passeios, enlouquecia seguranças e damas de companhia, já que insistia em caminhar e velejar em dias de tempestades, fazer refeições em restaurantes populares, disfarçada. Além das viagens, seus únicos interesses eram cavalos e sua aparência física. Sissi foi excelente amazona e competia de igual para igual com homens, em caçadas. É ela que aparece na fotografia antiga, montada no cavalo e de leque aberto para se esconder do fotógrafo. A foto foi tirada em 1870 e talvez seja a primeira a mostrar uma celebridade fugindo do flash de um paparazzo! Quando balzaquiana, Sissi negou-se a posar para fotos e pintores, pois já se considerava velha. Paranóia de quem foi eleita a rainha mais linda da Europa (traços delicados, olhos amendoados, cabelos bem tratados), mesmo desafiando os padrões de beleza da época. Em um tempo no qual a humanidade tinha como ideal de beleza as mulheres..."com carne", Sissi torceu o nariz para as gordinhas e escolheu lutar para manter o corpo dentro das medidas adotadas pelas passarelas dos dias de hoje: escassos quarenta e cinco quilos distribuídos por um metro e setenta e dois de altura! Corpo de modelo! Comendo salada no almoço. Fechando a boca depois das seis da tarde. Montando uma academia de ginástica no seu quarto real (e academia de ginástica, no século XIX, era um conjunto de cordas, argolas presas à parede, barra de exercícios...)! Correu em Viena o boato de que Sissi vivia doente porque não se alimentava. Mentira. Sua magreza também era genética; todos na família eram magros. Espertinha, Elisabeth se aproveitou do engano para ter a desculpa perfeita para suas saídas da Áustria: precisava viajar para tratar da frágil saúde. Safa, a mocinha!
A história mais engraçada envolvendo a espevitada imperatriz é contada por sua filha mais nova, em uma carta: no dia de seu noivado, seu pai, o imperador, a encontrou chorando. Perguntou se por acaso ela chorava por ter visto a âncora que Sissi, em uma de suas viagens, havia tatuado (!!!) no ombro! Nas palavras de Marie Valerie, em sua carta traduzida para o inglês: "mum having had an anchor burnt into her shoulder, something I found very original and really not that shocking...". "Burnt" é "queimada". Talvez a tattoo tenha sido feita com ferro quente. Karen O, vocalista da banda Yeah, Yeah, Yeahs (na fotinho, amistosa), tem uma abelhinha tatuada no ombro. Certamente, feita na base da agulha. Punk mesmo é suportar a dor de um ferro em brasa.
Maria Antonieta morreu guilhotinada. E nem no quesito "morte" pode-se dizer que Elisabeth da Áustria tenha sido mais discreta do que a nobre da França. Foi assassinada em Gênova por um anarquista italiano. A imperatriz estava prestes a embarcar em um navio quando o assassino se aproximou e enfiou uma lâmina em seu peito. A morte trágica contribuiu para a redenção da rainha. O povo chocou-se com o episódio a ponto de desconsiderar o fato de que Sissi havia sido uma imperatriz ausente. Anos depois, o mundo preferiu acreditar que Elisabeth fora tão altruísta quanto Romy Schneider foi nas telas do cinema. E hoje, turistas tornam o recente Museu Sissi o mais visitado de Viena. Mais visitado e mais lucrativo. Quem diria, depois de morta, a rainha top model está devolvendo aos cofres da Áustria o dinheiro que gastou para manter seus caprichos!
Quem sabe, anos à frente, algum diretor não se interesse em filmar a verdadeira história de Elisabeth da Áustria. Afinal, a personalidade rebelde e moderninha de Sissi nada teve a ver com a santinha personificada por Romy Schneider. Personalidade também bem mais ousada e contestadora do que a de Maria Antonieta, cujo filme tem o mérito de prender a atenção exibindo a trajetória monótona de uma figura histórica mais lembrada pela forma como morreu, não como viveu. E, se por acaso, no futuro e legítimo filme de Sissi também rolar New Order na trilha sonora, que deixem "Ceremony" de fora. "Leave me Alone" é a música da rainha que viveu e se comportou como uma rock star.

Thursday, March 29, 2007

Isolation & Atmosphere



"Words fail me all the time/ I don’t even feel like talking/ still I go on and on/ I’m dying here and you keep walking/ why are you asking me this?/ can’t you see I’m trying?/ I don’t like it like this/ no I think I’m dying/ I can’t calm down at all panic is what panic feels like/ can’t we just stay silent?/ speaking now seems far too violent/ why are you asking me this?/ can’t you see I’m trying?/ I don’t like it like this no I think I’m dying" ("I don´t like it like this", Radio Dept.).
Edward Hopper pintou o silêncio. Do início do século passado até o final da década de 60, o pintor novaiorquino coloriu telas com cenas de pura desolação. Mulheres que acordam sem companhia em quartos de hotéis, homens sozinhos em bares, casais que não se olham mais. Gente que não tem nada a dizer, gente que gostaria de dizer, gente que já se esqueceu de como dizer. E, principalmente, gente que nunca soube dizer. Os espaços intimistas e as personagens vazias de Hopper transmitem isolamento, tensão e incômodo. E essas sensações transformam o silêncio das situações e das figuras humanas no próprio movimento dos quadros. O cuidado com o tratamento das tonalidades, da luz e sombra acentuam o desconforto urbano, a distância, a alienação de uma América branca.
Wong Kar-wai pintou a música. Há quase vinte anos, o diretor chinês colore telas de cinema com cenas de pura desolação. Mulheres que acordam sem companhia em quartos de hotéis, homens sozinhos em bares, casais que não se olham mais. Gente que não tem nada a dizer, gente que gostaria de dizer, gente que já se esqueceu de como dizer. E, principalmente, gente que nunca soube dizer. Os espaços intimistas e as personagens vazias de Kar-wai transmitem isolamento, tensão e incômodo. Wong Kar-wai contou que, em suas histórias, usa a música como uma cor. E que a música tem o papel de transformar o silêncio das situações e das figuras humanas no próprio movimento do filme. O cuidado com o tratamento das tonalidades, da luz e sombra acentuam o desconforto urbano, a distância, a alienação em Hong Kong.
Nova Yorque, Hong Kong ou São Paulo. A vida se repete dentro das telas. E fora delas também.

Friday, March 23, 2007

Viena



Estive lá. Spots legais, música e curiosidades, caso alguém se interesse pela cidade:
* Kunsthistorisches Museum
É um dos museus mais bonitos do mundo. Tesouros da família real, quadros renascentistas, múmias...tem de tudo. Mas o melhor é o prédio em si, todo esculpido em mármore. A lanchonete é de babar (pelos doces e pelo cenário). Tá aí na foto.
* Haus der Musik
Museu de Música. Fica na Seilersätte 30, mesma rua ocupada por uma grande livraria de livros em inglês. Ganhou o prêmio de melhor museu de Viena. Merecido. É uma viagem no tempo. O primeiro andar conta a história da Filarmônica de Viena. Pianos, partituras, documentos que contam tudo sobre a sinfônica. Depois, a gente sobe a escada e atravessa uns cinco séculos adiante. Começam as salas ocupadas pelo museu do som. Todas escuras, em neon (como na fotinho, que não é minha), rolando música eletrônica calminha ao fundo. Os espaços são cheios de computadores que explicam porque os humanos são capazes de ouvir (e rola uma super aula de anatomia em 3D) e que simulam sons inexistentes no mundo real. Você também pode gravar um CD com sua voz, falando ou cantando com acompanhamento sonoro. Ou então baixar músicas, gravar em CD e levar pra casa!
* Electric Avenue
No pátio do Museumsquartier, o pedacinho mais descolado de Viena. O quarteirão junta o museu de arte moderna, de arte contemporânea e uma grande área ao ar livre, onde a moçada toma sol em umas espreguiçadeiras modernosas e bate papo nas mesinhas da cafeteria. A Electric Avenue reúne um bar envidraçado, loja de discos, livraria, espaço para downloading de música, lojinhas de roupas feitas por jovens designers vienenses. A rádio play.fm também fica lá.
Praticamente só música eletrônica. De todo o tipo: techno, house, electro, trip hop...Na verdade, é mais um arquivo monstruoso do que uma rádio que transmite permanentemente ao vivo. Pelo que entendi fuçando no site, os programas (como o "Vienna Scientists". Grande nome!) vão ao ar com dia certo e hora marcada. Mas o bacana é que toda a programação da Play é gravada e fica à disposição para downloading (é só se cadastrar com uma senha). E o mais bacana: os sets de DJs durante as baladas nos clubes vienenses são filmados e transmitidos ao vivo, gravados e vão para o arquivão. Resumindo: é só entrar no "search", escolher o que você quiser entre uma infinidade de músicas bacanas e...baixar!
* Substance
Lojinha de CDs de Viena. É pequena. Mas super aconchegante, um charme! CDs e discos em vinil de indie rock e música eletrônica disputam espaço com a decoração: canequinhas do Sonic Youth, cabides segurando camisetas do Strokes, vitrola e aparelho de som velhinhos para o pessoal ouvir os discos. Os donos são dois rapazes na faixa dos trinta anos. Têm aquela cara de gente de bem, aficcionada por música e que não saberia viver sem aquele espacinho. Pedi uma sugestão de banda indie austríaca e trouxe pra cá o "Killed By 9V Batteries" (http://www.myspace.com/killedby9vbatteries). Lembra um pouco Girls Against Boys!
O site da Substance é caprichado como a loja: www.substance-store.com. Logo na página de entrada, tem o ranking dos CDs mais vendidos. Um deles é "Abandoned Language", da dupla americana Dälek. Descobri que é hip hop misturado com indie rock! Segundo o myspace: "um encontro de Public Enemy com My Bloody Valentine" (http://www.myspace.com/dalek). No link "community" da Substance é sempre publicada a listagem das datas e lugares onde vão rolar os shows de rock em Viena. E por falar em lugar de rock:
* Palácio do Rock
Schloss Schönbrunn. Ultra mega palácio gigantesco que prova que os Habsburgo foram a dinastia mais milionária da História. Só os jardins do palácio ocupam uma área maior do que Mônaco. O curioso é que atualmente o palácio é administrado por uma empresa semi-privada que costuma usar o local para eventos como....shows de rock! Um pouco do palácio aparece no filme "Maria Antonieta". A rainha-mãe austríaca, Maria Thereza, é interpretada pela eterna musa do rock...Marianne Faithfull! Sem dúvida, o palácio mais cool da Europa!

Wednesday, March 21, 2007

Some Girls are Bigger than Others



Yoon Ji. Dois aninhos e meio. Princesinha coreana no trem que saiu de Budapeste e foi para Praga. Entrou no vagão sorrindo, abriu um pacote de salgadinhos e antes de começar a comer ofereceu o primeiro para mim. Iniciativa dela, sem interferências do pai ou da mãe (uma mocinha de uns vinte e cinco anos absurdamente linda). Durante quatro horas, a Yoon falou pelos cotovelinhos. Dançou com um coelhinho e cantou um mega play list de musiquinhas coreanas. Encerrou com "Little Indians", em um inglês perfeitinho. Sem dúvida, o melhor show que assisti em terras estrangeiras. Quando eu disse meu nome, ela logo soltou um "pleased to meet you". Cumprimentou todos os passageiros com "hello" e acenou "bye bye" quando a família saiu para almoçar no restaurante. Por culpa dela, mal vi a Eslováquia, país que o trem cortou. A paisagem ficou sem graça perto da Yoon. No finzinho da viagem, não agüentei e pedi aos pais uma fotinho de lembrança. Foi só ver a câmera e a bonequinha já levantou os dedinhos pra fazer pose. Quase chegando em Praga, ela dormiu apertando um ursinho.
Nunca mais vou ver a Yoon. Então ela fica aqui. Pra sempre com dois anos e meio. Pra sempre princesa.

Monday, March 19, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte LXVI




Pintura de Elisabeth, Sissi, imperatriz da Áustria e Hungria, e a DJ Caroline Hervé, a Miss Kittin.

Friday, March 02, 2007

O Código de Trânsito de Praga


Na segunda semana do mês, depois de uns dias em Viena e Budapeste, estarei em Praga, a Capital da República Tcheca. Andei lendo sobre a cidade (e de grande ajuda vem sendo a comunidade "Brasileiros em Praga". Um grupo de amigos brasileiros e tchecos que se juntou e que dá centenas de dicas úteis sobre absolutamente tudo. Prova de que às vezes o Orkut tem seu valor...). Estou com medo. Medo de sair na rua! Não, Praga não é violenta. Os bandidos lá, no máximo, batem carteiras; não arrastam crianças. Meu receio é...ser sempre multada! Não, não vou alugar um carro. Minha locomoção dependerá unicamente desses pés balzaquianos e do transporte público local. E é justamente aí que reside o problema!
Ônibus, bondes e metrô são administrados por uma mesma empresa em Praga. Facilidade: bilhete único para os três meios de transporte. Beleza, hein? Seria....se não houvesse simplesmente vinte e cinco (!!!) tipos diferentes de passagens! E se não incidisse uma multa no valor de até 2000 coroas (cerca de 200 reais) se você (no caso, eu, hehe), turista iletrado no idioma e principalmente nas normas tchecas, viajar portando o ticket errado. Porque crianças, adultos, velhinhos e deficientes pagam preços diferenciados. Há passagens que têm validade temporal: a mais duradoura, de um ano; a mais pobre (e barata) limita o trajeto do usuário em 75 minutos e não dá direito a circulação por todas as estações do sistema. Se você não cai fora do vagão ou do busão após os tais 75 minutos...você será cuspido de lá, não sem antes deixar no caixa de pagamento da estação sua contribuição para os cofres públicos tchecos. Além de ficar esperto quanto a qual ticket escolher entre o mostruário de vinte e cinco....tem que prestar atenção nas taxas adicionais! Tipo...para bagagens. O que é bagagem? Segundo o site da incrível "Dopravní podnik", a empresa-concessionária, paga-se um acréscimo se o seu fardo superar as seguintes dimensões: 25x45x70cm (já botei a régua na mala). Ah! Motoristas têm "poder de veto" em Praga: são eles que decidem se pais levando carrinho de bebê - e inclusive pessoa em cadeira de rodas - podem entrar no veículo. Se for "arriscado", no way. Se o "cadeirante" estiver desacompanhado, fora! Se uma só pessoa descer escadas rolantes da estação carregando o carrinho do pimpolho...multa (e fora)! Cachorros...só em gaiolinhas! Senão, você já sabe.
Mas o que rola com os pedestres, na rua, é ainda mais bizarro. Lembrete: não adianta você argumentar que é turista, que é brasileiro, irmão do Ronaldinho, amigona da Gisele Bündchen. Não cola. Tem que conhecer a lei. Em Praga, faça como os pragui...prague...? Deixa pra lá. O importante é saber: pedestre que atravessa fora da faixa de segurança....multa. Mesmo durante a madrugada, mesmo sem carros à vista. Pedestre que atravessa na faixa....multa, se o sinal estiver verde (mesmo durante a madrugada, sem carro à vista). Pedestre que atravessa na faixa, com o sinal vermelho,....multa, se o sinal para pedestres ainda não estiver verde!!! Já imaginaram "marronzinhos" tchecos na 25 de Março ou na Zepa (rua José Paulino, para as íntimas)? A grana arrecadada pagaria a nossa dívida externa.
Até dei risada quando li na comunidade do Orkut a historinha de um brasileiro: ele atravessava a faixa de pedestres, pedalando uma bike, quando foi chamado pelo guardinha. O fiscal mandou que ele descesse da bicicleta e a empurrasse, andando sobre a faixa (porque ciclista não é pedestre, hehehe). Enfim os americanos têm concorrentes à altura! Tchecos conseguem ser tão neuróticos e sistemáticos quanto!
Bom, como sou caxias, certinha e muito nerd, decidi que não quero passar carão em Praga. Ontem tentei estudar as normas de circulação de Praga. No quintal alheio, faço questão de andar na linha! Ou melhor, na faixa! Tive boa vontade: vi, no próprio site da empresa de transportes, o link "rights and obligations". Dei um click...e nada. Página fora do ar. Assim fica difícil! Então, duas alternativas. Primeiro a solução tcheca: se for fazer errado, faça pelas costas do fiscal. E a solução brasuca: faça errado, na frente do guardinha....e saia correndo! Afinal, pedestre não é carro. Não haverá radares para registrar o número de nenhuma placa grudada na minha traseira, não é? E se eu for pega...dos males, o menor: só multa. Não terei pontos anotados na carteira (no passaporte) e, ultrapassado um limite, não serei impedida de caminhar pelas ruas!

Acho eu.

Volto na segunda quinzena de março! Beijos!