Tuesday, December 25, 2007

Transtorno Obsessivo-Compulsivo


Impossível ouvir uma vez só:




Em maio, show do Editors em São Paulo!


2008 já está ganho!


Saturday, December 22, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CXIX


"Head of Orpheus on the Water or The Mystic", de Odilon Redon, e Peter Hook, baixista do Joy Division.

Saturday, November 24, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CXVIII




"San Rossore", de Donatello, e Scott Weiland, vocalista do Stone Temple Pilots e Velvet Revolver.

Sunday, November 18, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CXVII




Máscara de Hanako, de Rodin, e Kim Deal, baixista e vocalista do Pixies, guitarrista e vocalista do Breeders.

Thursday, November 15, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CXVI



"Douglas Garman", de William Chattaway, e o cantor Alice Cooper.

Wednesday, October 31, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CXV



Apollo de Belvedere e Layne Staley, vocalista do Alice in Chains.

Tuesday, October 23, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CXIV



"David", de Donatello, e Justin Hawkins, vocalista do Darkness.

Friday, October 12, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CXIII




"Against the Wind", de Rimma Pantsekhovskaya, e Tom Verlaine, vocalista e guitarrista do Television.

Saturday, October 06, 2007

On The Road!



Oito da noite. Dirigindo na Marginal Tietê. Um caminhão mega-comprido faz a ultrapassagem do meu lado direito. Na traseira, a frase de pára-choque, em letras imensas, alcançando toda a largura do eixo. Praticamente uma gigante bandeira empoeirada, balançando poucos centímetros acima do asfalto:


RAMONES
ADIOS AMIGOS!


Hehe. É por essas e outras que eu amo essa cidade!!!

Sunday, September 30, 2007

NYC Man



"All the victims have turned to stone, no one is happy, they're all alone /I'd sacrifice my social position tonight/In New York, millionaires, and lonely people with lonely stares/I'm not lookin' for love and I'm lost in this night/In the naked city (in the city) there are ten million stories (naked city)/I'm not lookin' for pity (in the city) in this naked city (naked city)" ("Naked City", Kiss).


"I met a man/He told me straight/"You gotta leave/It's getting late"/Too many cops/Too many guns/All trying to do something/No-one else has done" ("Big Exit", PJ Harvey).


"New York, New York! It´s a wonderful town!" cantavam em êxtase os três marinheiros jovens, uniformizados, penteados e barbeados...em licença de vinte e quatro horas para conhecer a mais vibrante cidade da América. Gene Kelly, Frank Sinatra e Jules Munshin foram os atores que, através de Hollywood, mostraram às telas de cinema do mundo a face doce, alto-astral, dançante e colorida de New York. O filme era "On The Town", de 1949, clássico musical produzido pelos estúdios da Metro-Goldwyn-Mayer. Ou, no título traduzido para o português, "Um Dia em Nova Yorque". Apagada a tela de projeção, quem não saía do cinema sonhando com um dia na cidade maravilhosa?

"New York is a friendly town" brilhava o letreiro luminoso em uma fotografia borrada. Foto irônica, mais uma entre as centenas que Weegee, apelido de Arthur Fellig (1899-1968), tirou durante sua carreira de repórter fotográfico. Weegee foi o fotógrafo que, através de uma câmera rudimentar e muita luz, mostrou às páginas dos tablóides a face amarga, deprimente, sem-lei e preta-e-branca de New York. Não foi trabalho de um dia em Nova Yorque. Foram incontáveis noites, entre as décadas de 30 e 50. Terminada a leitura e fechado o jornal, que leitor não suspirava aliviado por não ter passado uma noite de pesadelos na cidade..."amistosa"?

Por cerca de quinze anos, Weegee não dormiu. O esforçado e incansável rapazinho, judeu de origem polonesa, começou a trabalhar como repórter fotográfico em 1935, com um diferencial: era o único jornalista autorizado a operar um aparelho de rádio de ondas curtas para captar mensagens do quartel general da polícia. Ao volante de seu Chevrolet, Weegee se investia de uma missão: percorrer indefinidamente as ruas novaiorquinas noite a dentro, à procura de trágedias humanas. Para Weegee, New York era um permanente pronto-socorro.

Conectado às informações policiais e dotado de incrível faro para aparecer no lugar exato a tempo de flagrar prisões, incêndios, acidentes de carros, Weegee não raro terminava seu trabalho antes de policiais limparem o cenário dos crimes. Em alguns casos, antes mesmo da polícia chegar. Registrava catástrofes enquanto elas aconteciam. O laboratório de revelação - improvisado no porta-malas do carro - garantia a rápida metamorfose das imagens em fotos. No próprio local fotografado! Resultado: a verdade crua das cenas e pessoas fotografadas provocava choque, temor, fascinação na maioria dos leitores. As fotos reveladas conservavam o impacto do momento de seu nascimento.

Além de simples, o equipamento fotográfico de Weegee era ajustado para provocar contrastes: luz branca pipocava nos rostos surpresos de gangsters algemados, de mulheres que se deparavam com os corpos de seus maridos abatidos nas calçadas, de estrelas do cinema perdendo a compostura na saída de alguma festa regada a álcool. Weegee chamava sua técnica de "luminosidade à la Rembrandt". E esse método guardava mais semelhanças com técnicas de filmagem cinematográfica do que com de fotografias...

E foi então o cinema que compreendeu Weegee. Entendeu, o homenageou e por ele foi influenciado. Até hoje. Weegee foi o fotógrafo que, segundo o New York Times, "criou a noite noir". Inspirou, por conseqüência, o cinema noir. "Naked City", película em preto-e-branco de 1948, reproduziu a estética visual de "Naked City", livro-coletânea das fotografias de Weegee publicado em 1945: a criminalidade americana fotografada na visão de culpados, testemunhas, vítimas; a desigualdade social, a violência, o mundo das ruas onde o menino judeu cresceu, se educou e virou autodidata da fotografia.
Os quadrinhos também absorveram as imagens de Weegee. Visual sombrio, alto-contraste, marginalidade, corrupção policial....Frank Miller transformou em cultura pop o trabalho de Weegee. Nasceu "Sin City", série de comics noir. E os desenhos perturbadores de Miller, inspirados pelas fotos perturbadoras - e reais - de Weegee, levaram à adaptação cinematográfica de "Sin City" (um dos filmes mais bacanas que já vi). Vendo as fotografias de Weegee, não há como não lembrar de "Sin City"....
Repórter fotográfico de vigília, empenhado em rondas noturnas, se esgueirando entre os arranha-céus de Manhattan, flagrando criminosos em ação, trabalhando antes e à frente da polícia. Ah, agora você sabe quem o novaiorquino Stan Lee usou como modelo para criar Peter Benjamin Parker. Sim, Weegee é o Homem-Aranha!
Weegee não registrou apenas o lado ilícito e sensacionalista de New York. Embora polêmico e muitas vezes acusado de oportunista e imoral, o repórter denunciou o racismo através de fotografias que captaram humilhações suportadas pela população negra, o abandono de crianças e mendigos na periferia, de adultos em manicômios. Fotografou o período da Depressão, as paradas comemorativas da euforia do pós-guerra, gente solitária em Manhattan, namorados. A faceta muitas vezes feia, mas às vezes poética de uma cidade que, anos mais tarde, a banda Velvet Underground usou como tema para suas canções. Lou Reed escreveu e cantou as fotografias de Weegee. E até os mascarados - e novaiorquinos - do Kiss, banda de hard-rock, renderam-se a Weegee. "Naked City" é também música: "In the naked city, there are ten million stories".
Jornalismo policial, História Americana, cinema noir, comics, Sin City, Homem-Aranha, rock, cultura pop.
Senhoras e senhores, Weegee:

Sunday, September 23, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CXII



O pintor Lecomte du Noüy e Freddie Mercury, vocalista do Queen.

Wednesday, September 19, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CXI



Estátua de Fitz Hugh Lane e Sergio Pizzorno, vocalista e guitarrista do Kasabian.

Monday, September 17, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CX



"Bust of Antoine-Louis Barye" e Brian Wilson, cantor e baixista dos Beach Boys.

Tuesday, September 11, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CIX



"Isaac Newton Phelps", de Chauncey Bradley Ives, e o cantor e guitarrista Neil Young.

Sunday, September 02, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CVIII



"Edward Steichen", Self-Portrait, e Peter Murphy, vocalista do Bauhaus.

Saturday, September 01, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CVII



"La Negresse", de Jean Baptiste Carpeaux, e Lisa Kekaula, vocalista do Bellrays.

Thursday, August 30, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CVI



"Femme-Poisson", de Rodin, e a cantora Tina Turner.

Wednesday, August 29, 2007

Here We Are Now, Entertain Us

Vestido preto, soltinho. Longo. Óculos escuros, apesar do ponteiro do relógio quase se aproximar das nove horas (da noite). Cigarro equilibrado entre os dedos da mão direita. Vinho branco na mão esquerda. Em taça. De vidro. Olhando fixamente para...Jesus.
Ela estava linda e perfeitamente trajada para se sentar na primeira fila de um desfile da semana de moda de Paris. Mas estava de pé, sobre um gramado enlameado, quarta fileira formada pelas pessoas que assistiam ao show da banda Jesus & Mary Chain.
Eu não me espantei. Afinal, era o segundo dia do Rock en Seine, festival parisiense que rolou no último final de semana nos jardins do Domaine National de Saint Cloud, arredores da cidade. No dia anterior, já tinha observado e aprendido: não existem "indies" franceses. Há somente...franceses. Caminhando pela enorme área ocupada pelos três palcos armados para as apresentações, não vi garotos com cabelos cortados no estilo Strokes. Não esbarrei em gente usando óculos de aro preto grosso. Muito menos em meninas-clones da Karen O. Gente de terno? Sim, isso havia. Mas nada a ver com os terninhos usados pelos músicos do Interpol, por exemplo. Ternos vestidos por caras que, no final da sexta-feira, tinham saído do trabalho e chegado a tempo para ver o Arcade Fire. Eu estava há doze dias em Paris e até então nunca São Paulo me pareceu tão distante.
Ao contrário da molecada paulistana que curte rock alternativo, os jovens franceses não querem ser ingleses ou americanos. E música serve para cumprir a única função...de ser ouvida. Rock gringo não dita regras de moda e estilo (ainda mais em um país que se orgulha de exportar tendências de moda e estilo). Veneração de rock stars gringos, gritos de entusiasmo durante os shows? Impensável. Quem se apresentou no festival esperando consagração em solo francês....pegou a linha de metrô errada. O aeroporto Charles De Gaulle fica na direção oposta.
"Bom dia! Está na hora de acordar, França!" Foi mais ou menos assim que J Mascis, da banda americana Dinosaur Jr, anos 90, cutucou a platéia que, imóvel, assistia a uma apresentação que lembrava os velhos tempos do grunge. Mas sem camisas de flanela, sem tumultos, sem mosh.
Howlin' Pelle Alqvist, vocalista do sueco The Hives, também tentou. Pulou do palco, subiu na grade, abriu os braços. Totalmente disposto a ser agarrado pela galera e levado pela multidão. Bom, o único trabalho que o segurança teve foi o de segurar os pés do rapaz para que não caísse no vão entre grade e palco. Não precisou livrar o terninho preto do vocalista de dezenas de mãos, não gastou energia dando safanões em fãs grudados no sueco como ímãs. Porque não havia nenhum.
Quando o show do Jarvis Cocker, ex-Pulp, começou...a partida de baralho que rolava sobre uma toalha xadrez, quatro jogadores compenetrados,....continuou! Perto do palco! Quem rodeava o quarteto não se incomodou, não reclamou. Ao meu lado, um ser traçava macarrão ao molho branco espalhado sobre um prato decorado. Entre duas e três garfadas, se lembrava de espiar o show.
Foi fácil, fácil chegar próximo aos palcos em quase todas as apresentações. Não há aglomerações no Rock en Seine. E por que haveria? Para um francês, não existe sentido algum em sofrer na fila do gargarejo; é muito mais coerente e agradável deitar lá do fundo, na grama, cabeça no colo da namorada e garrafa de champagne do lado. Enxergar a banda? Telão, ué!
O Rock en Seine lotou, os três dias. E o que me impressionou - no bom sentido - é que a maioria das pessoas que estavam lá não queriam ver e ser vistas. Queriam simplesmente sentar nos bancos de madeira e rir com os amigos. Queriam passar um programa diferente em família (e havia muitas, pais e filhos adolescentes). Queriam comer (comidas aos montes, em barraquinhas dispostas como em festa junina. Mexicana, árabe, italiana, sanduíches, sorvetes, algodão-doce) e beber (cerveja, vinho, champagne. Vendiam até chá e café!). E sim, queriam ouvir música bacana. E, principalmente, se empolgar unicamente com bandas que realmente são empolgantes.
Franceses não pagam pau para qualquer grupo glorificado pela NME. Não fingiram que adoraram o Jesus & Mary Chain só porque a banda marcou os anos 80 (e, a julgar pela metade do show que vi, devia ter permanecido lá). Não foram cativados por Jarvis Cocker falando francês. É um público extremamente justo: vibração, aplausos em massa, pedidos de bis apenas para o Arcade Fire que, de longe, fez o melhor show do festival (com direito até a um sermão evangélico - em bom português do Brasil! - que abriu o show! Antes de explodir a primeira música, uma menina berrava no telão: "Você é infiel, traiu seu marido! Só Jesus salva!").
Franceses não vestem camisetas de bandas, não levantam placas e faixas durante os shows. A admiração e fidelidade por um artista são discretas. Como a da moça francesa, minha idade, que me abordou na saída do festival. Era o último dia, começava o show de encerramento. Só eu indo embora. Ela veio correndo, perguntou em francês. Quando eu disse que não falava a língua, a conversa rolou em inglês. "Tá indo embora?". "Estou". "Não gosta da Björk?". "Acho meio chata". "Posso ficar com a sua pulseira?". "Claro!". A pulseira era o ingresso. A bilheteira já estava fechada. Ela pegou meu braço, tirou uma tesourinha da bolsa, cortou a pulseira de plástico. "Agora me ajuda a colocar?". "Ajudo....Ih, meu pulso é mais fino do que o seu. No seu, as pontas mal se juntam". "Agora vão juntar....com isso!". "Mas isso não é....?""É". "Mas você vai...."."Não tem problema, não! Me ajuda a colocar...". "Você quem sabe. Pronto"! A gente se despediu, rindo, as duas com aquele jeito de quem lamenta ter conhecido uma pessoa aparentemente legal, mas que nunca mais vai ver....e ela entrou correndo pra ver a Björk, cantora que, ao meu ver, não merece uma fã que chega ao ponto de colar o ingresso no braço com SuperBonder...(sobrou um pouco para meu dedo...sangrou pra tirar a cola seca, hehe).
Franceses que amam rock têm plena consciência de que a atração principal é o artista que se apresenta, não a platéia. Franceses não transformam shows em cultos de adoração, não se importam mais com a pessoa que está no palco do que com o som que ela cria. Franceses comparecem, lotam festivais. Mas não querem divertir ninguém, por mais celebrado que seja pela imprensa musical. Ao contrário. Franceses são adeptos do aviso de Kurt Cobain em "Smells Like Teen Spirit": "Here we are now, entertain us". Viemos aos shows, pagamos. Tratem de nos distrair com competência, pois não estamos aqui para alisar seu ego.

Pensando bem, talvez não por acaso, mas por ironia e alerta dirigido a qualquer rock star pretensioso, o símbolo do Rock en Seine seja....um bobo da corte.

Tuesday, August 28, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CV



"Alice", de Balthus, e a cantora Fiona Apple.

Quando a Arte vira Rock, Parte CIV



"Pierre Bonnard", Self-Portrait, e o cantor Moby.

Quando a Arte vira Rock, Parte CIII






"Jeune homme", de Jules Dalou, e Alex Kapranos, vocalista e guitarrista do Franz Ferdinand.


Monday, August 13, 2007

Hey, Ho! Let´s Go!

Férias. Uns dias em Paris. Para descobrir rock stars nos quadros do Louvre, ver o Rock en Seine (Anna, vambora!)....e colar nas lojas de maquiagem!!!

Volto no dia 27

Beijos

Sunday, August 12, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CII



Pintura de Francisco de Goya e Alex Turner, vocalista e guitarrista do Arctic Monkeys.

Thursday, August 09, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte CI



"Lilly Martin Spencer", Self-Portrait, e a cantora PJ Harvey.

Monday, August 06, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte C



"Rembrandt", Self-Portrait, e Kris Novoselic, baixista do Nirvana.

Friday, August 03, 2007

Recado para a Cris

Cris! Seguinte: o lazarento do Speedy perdeu o acesso para os blogs blogspot na cidade de São Paulo. Não tem previsão para voltar ao normal. Dá pra postar, mas não dá pra entrar no blog direto. Para acessar o meu, o seu, o da Annix, do Bruno, só através de gambiarras. E não dá para comentar. Só para você saber: continuo lendo tudo o que você escreve, querida. Sou sua fã número 1. Mande seu e-mail pra mim (analutb75@yahoo.com.br), assim eu posso escrever para você até acabar o apagão dos blogs (afe!).

Só lendo para entender.
E pasmem. Ela tem só quinze anos!!!

Quando a Arte vira Rock, Parte XCIX




"Young Omahaw, War Eagle, Little Missouri, and Pawnees" (detalhe), 1821, de Charles Bird King, e Wattie Buchan, vocalista do Exploited.

Sunday, July 29, 2007

Quando a Arte vira Rock, Parte XCVIII



"Jean-Joseph-Marie Carriès", de John Singer Sargent, e JD Samson, do Le Tigre.